No silêncio da noite
No silêncio da noite a dor vem de forma implacável e impiedosa.
E o que resta? A esperança de que em algum momento ela vá embora.
Embora da memória, da carne num passado tão distante para que nunca mais possa ser lembrado.
Não é que o silêncio seja algo aterrorizante, mas para quem espera uma palavra de quem se ama isso pode acontecer.
O silêncio com certeza deve pairar na mente acelerada de uma pessoa que por tantas vezes se perdeu que mal pode lembrar como é ter uma mente silenciosa.
Situações fogem de seu controle e te mostram o quão imprevisível a vida pode ser.
Numa mente que anseia por respostas, mas que por vezes elas não surgem.
Aí bate a incerteza mais uma vez e o silêncio da noite pede uma calmaria que ninguém te concede.
E as lágrimas escorrem por sua face sem ao menos dizer ao certo porque correm de forma tão espontânea.
Será que é o luto que ainda persiste?
Será a saudade de uma possível realidade que por hora não tem como se cumprir?
Ou será a presença de quem um dia você acreditou que poderia estar ao seu lado, mas que na verdade era uma vontade unilateral?
Reflita o que te fez chegar até aqui e qual rumo deseja seguir daqui pra frente.
Repetir as mesmas escolhas não é mais uma saída.
Karol Costa
Enviado por Karol Costa em 07/05/2023
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