Como essa fila invisível da morte judia, não é mesmo?!
Nunca se sabe se será o próximo ou se alguém próximo será chamado, não é?
Num dia tudo parece normal e então a ficha de alguém próximo é chamada e nem há mais tempo de se despedir, ela é impiedosa e lhe arranca com tudo da sua rotina.
E o que resta aos que ficam?
Seja entender que a missão da pessoa nesta terra se findou, para começar uma nova em outro lugar.
Mas será mesmo que tomar consciência dessa partida é fácil?
Difícil responder não é, já que ninguém até hoje retornou para contar.
Então para os que ficam resta apenas rogar a Deus que receba seu filho de braços abertos e o coloque em bom lugar.
Quantas pessoas tentam incansavelmente fugir de certas coisas, situações e no fim serão esses assuntos inacabados que te farão ficar aqui por mais um tempinho.
Por isso que ser o mais desprendido dos bens materiais é importante, já que tudo que construir por aqui ficará para outras pessoas.
Então aproveite o que puder e da forma que puder, apenas tenha consciência de seus atos.
Se errou, é preciso reconhecer o seu erro.
Errar por excesso, também pesa não é mesmo.
Excesso de medo de fracassar, medo de perder, medo do incerto.
Talvez por acreditar demais em algo que nunca realmente existiu, isso lhe tire o chão e quem sabe perca a razão.
Não permita que o ego te deixe cego para as coisas que realmente importam.
Quando puder reconheça tudo que fez e até mesmo as coisas que gostaria de fazer mas não pôde realizar.
Se perdoe por ter falhado talvez da pior maneira, mas tentou.
Quem um dia te fez sorrir tanto também te fez chorar.
Assim são os dias, alguns bons e outros nem tanto assim.
A vida segue querendo ou não.
Um dia o reencontro acontecerá cedo ou tarde, é algo inevitável. (Karol Costa)