Jornada Dia 110
Deixo aqui um pequeno relato: Nessa época no ano de 2020 aconteceu a coisa que ninguém gostaria, minha família foi tomada pelo COVID e os dias se tornaram intermináveis, incertos, bateu tristeza, raiva, carência tudo que possa imaginar.
A pior coisa é se sentir impotente diante da situação e não sentir que tem alguém ao seu lado que possa te dar força.
Porque ser o esteio no meio do caos não é fácil, você perde o chão. Ver as pessoas que você ama mal e você também estando numa situação delicada.
Uma coisa que você percebe que levar os dias com leveza é melhor do que deixar que o peso das responsabilidades que não dependem unicamente de você tomem conta.
Às vezes é melhor silenciar e esperar que o tempo tome conta de tudo, mesmo que o coração fique apertado, as lágrimas teimem em escorrer pela sua face.
O afastamento social não é saudável, embora por vezes necessário. A transmissão ocorre da mesma forma que qualquer outra doença respiratória, ou seja, pelo ar.
A responsabilidade de cada um deve falar mais alto, mesmo que o coleguinha esteja fazendo isso ou aquilo, se não for seguro não faça.
Não seja “Maria vai com as outras”, tome as suas próprias decisões e tenha consciência que toda causa tem um efeito e não tem como fugir
Em meio ao caos toda ação é importante, tem um peso que nem pode imaginar.
Quantas pessoas perderam entes queridos. Passaram por dias escuros, nebulosos.
O pior não é passar por eles, mas é nunca mais poder abraçar esse ente querido e esperar que um dia na eternidade possam se reencontrar.
Se tomar a decisão de se arriscar não coloque a vida dos outros em “xeque”, o remorso é algo que pode te consumir.
Mesmo que bata hoje no peito que não teme nada e nem ninguém.
A pior coisa vai ser quando a realidade bater, pois ela vai sem dó e nem piedade e não poderá fazer nada.
Só peço a Deus que quando se der conta não seja tarde demais. (Karol Costa)